Faço Ventar Boa Sorte na Minha Vida.
Budismo

Faço Ventar Boa Sorte na Minha Vida.


Meu nome é Winder, fui criado em Januária - MG, no bairro São Domingos.

Um dos bairros mais problemáticos da cidade, onde existem todo tipo de violência através das drogas , porque lá o crime dá dinheiro mais fácil, e com isso muitas mortes já aconteceram entre os jovens - muitos conhecidos meus.

Encontrar emprego  é ainda muito difícil naquela região, não existem oportunidades, principalmente para jovens como eu.
Sendo assim, ninguém tem expectativa de vida e lá fiquei até os meus 18 anos.

Antes de Ser Budista.

Antes de conhecer o budismo eu era uma pessoa sem planos e principalmente sem futuro. Estudava só prá dizer que estudava.

Era triste e sem sonhos e sempre tinha vontade de chorar, vivia com os nervos flor da pele.

Um dia, que não me sai da memória,  estavámos eu e meus primos na casa da minha avó, ela fez café e dividiu algumas bolachas entre todos nós - os netos . Como estava quase na hora de ir para a escola,  separei as minhas bolachas e fui me arrumar.

Quando voltei eu vi que alguém havia comido as minhas bolachas e meu primo disse que tinha sido uma prima. Eu fiquei tão irado que dei um murro nas costas dela e com isso a fiz chorar. O mais triste nesta história, fiquei sabendo mais tarde, é que não tinha sido ela que dera fim na minha parte do lanche.  

Mas, o que realmente não me sai da memória, é que além de ter sido injusto, não pedi desculpas a ela. Como muitas pessoas, não tinha o hábito de reconhecer meus erros e principalmente pedi desculpas por eles.

Ser Budista é voltar a essência do Ser Humano.

Conheci o budismo em 2004 através da minha mãe, apresentado pela Dona Caudência, que havia chegado de São Paulo para morar em Januária. 

Naquela época, passávamos por muitos problemas e a eles se somou o carma de doença que se manifestou na vida da minha mãe.

Os médicos fizeram o possível para tratar os problemas cardíacos da minha mãe, mas não tiveram sucesso. A minha mãe, desenganada pelos médicos, foi orientada a voltar para Januária para aproveitar o tempo que restava com a família.

Eu passei a sofrer ainda mais, muito triste, me sentia aprisionado num lugar escuro e sozinho.
A Dona Caldência apresentou o budismo para a minha mãe e a ensinou que devemos sempre vencer os obstáculos, que nada é impossível quando se tem motivação e determinação.

A minha mãe começou a recitar o NAM-MYOHO-RENGUE-KYO, eu achava muito engraçado e coisa de gente louca. Com o daimoku, a vida da minha mãe se iluminou, se encheu de esperança e certeza de vitória. Com os benefícios internos da prática budista, a minha mãe acabou se convertendo e consagrando o Gohonzon ( o que é? ) na nossa casa.

A melhora da minha mãe era visível para todos nós da família e sendo assim, aos poucos aprendi a respeitar e admirar o Budismo de Nitiren Daishonin. Com todos os benefícios internos e externos que foram manifestados na minha família, resolvi que era hora de me converter ao budismo e ter uma filosofia de vida que me incentivasse a melhorar a cada dia, me ensinasse a ser feliz.

Comecei orando para melhorar o meu “ eu “, a ser um verdadeiro Ser Humano.
Quando comecei a perceber minha mudança, lancei meus objetivos: primeiro para mudar de Januária e assim surgiu uma oportunidade para mudar para Montes Claros.

Em Montes Claros , determinei que encontraria um emprego. Através de uma vizinha , fui indicado para um emprego no qual eu gosto muito e estou até hoje.

Futuro Brilhante como o Sol de Lotus

Como todo jovem, hoje,  tenho muitos sonhos e objetivos. Eu vou ser Professor, determinei fazer um curso superior e me formar em Educação Física.

A minha habilitação de motorista também é uma meta que irei concretizar infalivelmente, vou comprar uma moto para fazer visitas de incentivos a jovens que se encontram tristes e sem esperança, com a minha história e a Filosofia Budista, espero incentivar milhares de pessoas a trilhar o  caminho da vitória como Ser Humano, o caminho da felicidade absoluta.

Aprendi que o Kossen-rufu, a paz mundial, começa com a revolução humana de cada um. Quanto mais vitórias colecionamos individualmente, mais próximos estamos de um mundo pacífico, próspero e absolutamente feliz. 
O terreno infértil da minha vida se tranformou em um lindo jardim de sonhos. O jovem triste, que as vezes chorava, hoje sorri e se imagina comprando uma casa e construindo uma família feliz, juntamente com uma esposa praticante deste maravilhoso budismo.

Nosso mestre, o Presidente Ikeda diz: “ Cada indivíduo deve procurar seu próprio rumo em busca da paz e do equilíbrio, não se conformando em viver pela metade, nem aceitando carregar o fardo de angústias, culpas e conflitos.
Muito Obrigado a todos que me ajudaram neste relato:

Dona Caldência
Minha Mãe, a Léo, que venceu a doença e hoje é um grande valor na Sociedade.
Amigos da divisão de Jovens de Montes Claros.
Sr Alaor que me ajudou a escrever este relato.


"Existe uma única estrada e somente uma, e essa é a estrada que eu amo.
Eu a escolhi.
Quando trilho nessa estrada as esperanças brotam, e,
o sorriso se abre em meu rosto. Dessa estrada nunca, jamais fugirei."



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