Budismo
Nós somos movimento cármico
Monge Genshô: Nós somos movimento cármico que levanta poeira de manifestação. Nós estamos aí, nos manifestando, temos uma aparência visível. O redemoinho também tem uma aparência visível por causa de toda a poeira que ele levanta. E no centro de todo esse movimento um eixo aparente, e nós chamamos esse eixo de EU. E dizemos 'eu sou'. Mas esse 'eu' do 'eu sou' do redemoinho é vazio de existência própria. Isso é que quer dizer o vazio, todas as coisas são vazias, vazias de que? De existência própria. Todas elas são interdependentes, interconectadas, nenhuma delas tem existência por si mesma. E o EU, que é o centro de todo esse movimento, auto-consciente da sua existência, diz 'eu existo', 'eu tenho existência inerente'. Nós pensamos 'eu tenho existência inerente'. Mas nenhuma coisa no universo tem existência inerente, todas as coisas são vazias. Quando nós paramos o movimento de redemoinho, o que acontece com o eixo? Não existe mais eixo. Na verdade o redemoinho se manifesta na atmosfera. Então o redemoinho nada mais é do que a atmosfera em movimento, e o eixo nada mais é do que a aparência provocada pelo movimento dentro da atmosfera. Então, no fundo, nós não podemos dizer que o redemoinho é a atmosfera? (continua)
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Parar O Corpo Ajuda A Parar A Mente
Aluno: Praticar vipassana ou samatha não é praticar zazen, então? Monge Genshô: Não é. Mas quem está praticando zazen de fato aqui nesta sala? Vocês estão praticando zazen alguns segundos ou minutos dentro de cada sessão. O que está acontecendo...
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Onde Fica O Vazio?
Pergunta – Levando isso em consideração, seria a morte uma libertação? Monge Genshô – Nem uma libertação nem uma não libertação. A morte é tão somente um evento inerente a vida, tudo que nasce morre. Pergunta – Então o que sobra após...
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Nós Somos O Céu Azul
Pergunta – Estava lendo em seu blog uma resposta que o senhor deu a uma pergunta sobre almas e espíritos, o senhor respondeu com uma metáfora sobre o redemoinho. O senhor poderia explicar um pouco melhor sobre isso? Monge Genshô – Eu penso que...
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Redemoinho
P: Tenho me debatido com algumas questões referentes ao renascimento e carma. Apesar de ter lido suas respostas às perguntas no site Daissen, ainda tenho dúvidas quanto ao como e por quê se diz que há carma individual enquanto se afirma que o "eu"...
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Redemoinhos
P: Se o "eu" deixa de existir quando abandona os "agregados", como o carma pode "seguir" o que resta, se é que resta algo? O que resta não é, usando uma palavra neutra, o "um"? R: Imagine um redemoinho dentro da água, ele tem um impulso próprio,...
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