Budismo
OS DOIS TIPOS DE RENÚNCIA
Nós vamos comentar hoje o texto “OS DOIS TIPOS DE RENÚNCIA” de Keisan Jôkin.
“Quando Upagupta raspou a sua cabeça com a idade de 17 anos, Shanavasa perguntou a ele: “Você está deixando o lar em corpo ou mente”? No Buddhismo, há basicamente dois tipos de [renúncia, isto é, de] deixar o lar – a do corpo e a da mente”. (Texto)
Isto é relativamente fácil de entender, temos a célebre história de um homem que foi procurar um mestre e disse - “eu quero treinar consigo” e o mestre disse – “volte quando você tiver matado em seu coração o seu pai, sua mãe, sua esposa, os seus irmãos e os seus filhos”.
A renúncia também tem uma coisa dentro dela - para renunciar precisa-se ter uma grande angústia que nos faça querer deixar todas as coisas. Nós temos também o caminho Mahayana em que você permanece no mundo, trabalha com os seres e ele é muito tratado no Sutra de Vilamarkiti. O Sutra fala de um grande comerciante do tempo de Buda, que era um discípulo excepcional e, nesse Sutra, este personagem aparece derrotando cada um dos principais discípulos de Buda em debate. Ele é um Sutra Mahayana, provavelmente escrito depois do século I, d.C., ou seja, posterior uns quinhentos anos a morte de Buda.
Ele representa uma grande revolução no Budismo que é abrir o caminho para os leigos e permitir que o Dharma saia de dentro dos mosteiros e se espalhe no mundo e, a nossa ordem, a nossa escola, a Escola Soto é hoje muito marcada por este comportamento, noventa por cento dos Monges hoje são casados, têm família e trabalham no mundo, isto aumenta enormemente as possibilidades.
Este caminho é o caminho do Bodisathva, aquele que se dedica aos outros seres por compaixão. Então este Sutra marca o nosso caminho, o caminho de uma Sangha como a nossa, de pessoas leigas e isso é o grande caminho Mahayana. “Maha” de grande realmente, e “Yana” veículo, então é um “grande veículo”, é como um ônibus que leva muita gente, enquanto que um pequeno caminho, o caminho individual daquele que se retira e pratica sozinho da sociedade é como uma bicicleta - leva ele sozinho e é um pequeno caminho.
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