Recite um revigorante Gongyo “de luta”
Budismo

Recite um revigorante Gongyo “de luta”


BS, Edição Nº 2040

Gongyo significa prática assídua. Na SGI, é uma alegre batalha e uma canção que faz surgir o sol do estado de Buda no coração
O que é?
O Gongyo é a cerimônia diária na qual um praticante budista faz três coisas:
1. Lê os trechos essenciais do Sutra de Lótus,
2. Reconfirma seus “desejos” por meio das orações silenciosas e
3. Preparar o espírito para a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo.

O que é? — II
Prática realizada duas vezes ao dia, pela manhã e à noite. Consiste na leitura de passagens do 2º capítulo (Hoben, “Meios”) e 16º capítulo (Juryo, “Revelação da Vida Eterna do Buda”) do Sutra de Lótus, seguida da recitação do Nam-myoho-rengue-kyo.

A base de tudo!
Imagine que você tenha a oportunidade de, todas as manhãs e noites, revitalizar o corpo e a mente a ponto de experimentar uma sensação de profunda alegria, sabedoria, liberdade, harmonia, coragem. Essa oportunidade existe: é a recitação do Gongyo.

Gongyo para revitalizar
“O Gongyo é uma refrescante ‘cerimônia do tempo sem início’ que nos revitaliza a partir de nossas próprias profundezas.
Portanto, o mais importante é fazer o Gongyo a cada dia cheio de harmonia e cadência — como o galopar de um corcel branco pelos céus.
Espero que desempenhem a prática do Gongyo até sentirem plena satisfação e até ficarem revigorados tanto em mente como em corpo.” (Preleção dos Capítulos Hoben e Juryo, pág. 45).

Gongyo é um juramento
O Gongyo é o juramento de um Buda. É onde se estabelece seu modo de agir!
Ao recitar o Gongyo, você está tomando a mesma atitude que um Buda.
Você se senta diante do Gohonzon com uma fé ativa e determinada, exatamente como um Buda.

A mesma mente de um Buda
O Gongyo iguala a sua mente com a mente do Buda. Com isso, adquiri-se o poder de tornar realidade tudo aquilo que estiver na mente, ou seja, os desejos.

Revigore-se
Fé é acreditar e agir. Ou seja, sinta-se bem e recite o Gongyo com a disposição e a energia de um Buda.
É a hora que você vai emprestar seu corpo para materializar a intenção do Buda.
Para isso, é preciso uma postura digna, pois seu comportamento reflete suas intenções.

“O que importa é que o Gongyo refresca e revigora nossas vidas. Assim como uma caminhada pela manhã ou fazer jogging pode ser agradavelmente alegre tanto para o corpo quanto para a mente.
Por favor, façam um Gongyo que seja pessoalmente satisfatório para si próprios, um Gongyo que essencialmente os faça sentir-se refrescados e revigorados tanto mental quanto fisicamente.” (Brasil Seikyo, edição no 1.219, 27 de março de1993, pág. 5).

Como orar?
Com alegria. Um Gongyo realizado corretamente começa antes, com uma entusiasmada expectativa de que você recitará um solene juramento diante do Gohonzon.
Não é uma cerimônia de súplica e desespero.

Pelo contrário, é um alegre juramento que irá inspirar a manifestação prática do potencial máximo em meio a qualquer circunstância.
Por isso, não é necessário entender o que está escrito. Afinal, no Gohonzon está contido e no Sutra está revelado a essência real de todos os fenômenos.
A fé convicta faz a cerimônia ser entendida pela Lei.

Gongyo, um universo inteiro em nossa mente
O Universo inteiro condensado em uma única mente, na sua mente. É esse o objetivo do Gongyo: abrir o canal do seu microcosmo para receber a energia vital do macrocosmo.

Uma vez a cada dez bilhões de anos
A eficácia do Gongyo depende da sua intenção ao fazê-lo. Por isso, a fé é essencial. “Quando praticamos com a consciência que somente encontraremos o Gohonzon uma única vez a cada cem milhões ou dez bilhões de anos, um profundo sentimento de gratidão preenche nosso coração cada vez que realizamos o Gongyo.” (Brasil Seikyo, edição no 1.520, 21 de agosto de 1999, pág. 3).

Gongyo de luta
Gongyo de luta é quando você age de acordo com o conteúdo expresso no sutra. Ou, em termos práticos, é se dedicar em prol do Kossen-rufu.
No sutra está contido o juramento próprio de um Buda: agir em prol da felicidade de todos os seres. Funciona quando você recita o Gongyo nas suas ações cotidianas.

A recitação do Gongyo é um momento de transformação dos nossos pensamentos fundamentais: aqueles que nos guiam, no qual nossas ações se baseiam, é o estado básico de vida.
O objetivo de recitar o Gongyo é tornar o estado de Buda o estado básico de vida. É uma “luta” para mudar o modo de pensar fundamental. “Um Gongyo ‘de luta’ é o manancial inesgotável de absoluta vitória tanto na vida como na luta em prol do Kossen-rufu.” (Brasil Seikyo, edição no 1.839, 15 de abril de 2006, p.3)

Gongyo, um poema do mundo dos Budas
Todo o Universo está tocando um ‘som maravilhoso’. O próprio Universo é uma sinfonia da vida, um coral cantado por todos os seres e fenômenos — uma serenata, um noturno, uma balada, uma ópera, uma suíte.
O Universo toca todos os ‘sons maravilhosos’.
A base disso tudo é a Lei Mística. É o Nam-myoho-rengue-kyo. Portanto, o Gongyo é essencialmente uma ‘canção de despertar’ que faz com que o sol surja em nosso coração, e também um noturno, uma ‘Sonata ao Luar’, que ilumina nosso coração com a luz da Lua durante a noite.
Recitar o sutra é como declamar um poema.
E orar Daimoku é como cantar uma obra musical. Nossa prática diária é a atividade mais cultural de todas.” (Brasil Seikyo, edição no 1.555, 13 de maio de 2000, pág. 3).

Precisa entender para funcionar?
Não. O que conta é a alegria, a fé e o ritmo harmonioso com que se recita.
A sonoridade da voz faz com que o corpo produza uma canção nobre e revitalizadora que harmoniza e funde sua vida com o Universo. O Gongyo estabelece a ponte de fusão do microcosmo com o macrocosmo.
O desejo ardente de recitar o Gongyo diante do Gohonzon é a chave para essa fusão.
Assim, encare o Gongyo como a oportunidade de recitar as frases e os pensamentos essenciais de um Buda.

Mesmo sem entender o seu significado
“E mesmo que a fé e a alegria das pessoas sejam fracas, frágeis como uma criança de dois ou três anos, ou mesmo que ela seja incapaz como uma vaca ou um cavalo, que não sabem distinguir o que está adiante e o que está atrás, os benefícios que obteria seriam centenas, milhares, dezenas de milhares, milhões de vezes maiores dos que os obtidos pelas pessoas de grande capacidade e de elevada sabedoria que estudam outros sutras.” (END, vol. 1, pág.174)

“Vamos recitar o Gongyo juntos!”
“Quando a empresa do Sr. Toda estava passando por dificuldades financeiras, eu trabalhei freneticamente para ajudá-lo a superar a crise. Esforçava-me no limite dia após dia, o que afetou gravemente minha saúde. Eu estava acabado fisicamente.

Um dia, o Sr. Toda chamou-me até a sala onde ficava o Gohonzon e disse: ‘Daisaku! Você não conseguiu acumular nem um grama de energia vital!
Você não conseguirá vencer nenhuma batalha nessas condições. Vamos recitar o Gongyo juntos!’ Ele me repreendeu rigorosamente como se quisesse banir meu fraco estado de vida e libertar-me da maldade da doença.

Meus olhos encheram-se de lágrimas com a benevolência de meu Mestre. Enquanto estava sentado diante do Gohonzon e orava junto com meu Mestre, o Sr. Toda — com minha voz e meu coração sintonizados aos dele —, um forte espírito de luta e uma onda de coragem brotaram dentro de mim.” (Brasil Seikyo, edição no 1.839, 15 de abril de 2006, )

Vamos raciocinar
O Gohonzon é um espelho que reflete o estado básico de vida ou o modo de pensar fundamental. A prática ideal consiste em sentar-se para orar como um Buda.
Por isso, recitamos o Gongyo para expressar o modo de pensar fundamental de um Buda. Nós fazemos do juramento do Buda o nosso juramento e abrimos o canal para receber a energia vital desta condição iluminada.

O Gongyo, portanto, estabelece a ponte pelo qual, por meio da recitação do Daimoku, estabelecemos a fusão do nosso microcosmo com o macrocosmo. Ou da nossa vida com a vida iluminada do Universo.
“Com este Gohonzon como espelho, e com Nitiren como exemplo, podemos fazer surgir instantaneamente esse estado iluminado de nosso interior, com a profunda fé e a convicção de que nós também possuímos o estado de Buda.” (Terceira Civilização, junho de 2005, pág. 48.)
O Gongyo educa a mente e molda atitude para que por meio da nossa postura e das nossas ações reflita o exemplo deixado pelo Buda Nitiren Daishonin.

Exemplificando
Dependendo do seu estado de vida básico você pode usufruir pouco ou muito da sua prática.
Imagine que você vai buscar água (energia vital) numa fonte (Gohonzon). Se você irá utilizar um recipiente grande ou pequeno, fará muita diferença.
A recitação do Gongyo aumenta o tamanho do seu recipiente, porque eleva o seu estado de vida. Assim, na hora de retirar a água, por meio do Daimoku, você pode encher ao máximo a sua vida de energia vital.
A prática do Gongyo e do Daimoku, associada ao empenho em prol do Kossen-rufu, torna sua vida um canal ligado diretamente à fonte, por onde passará continuamente a água que irrigará a vida de muitas pessoas.

Gongyo e Chakubuku
O Gongyo prepara você para a batalha da propagação. Recitar o Gongyo é apenas o início da verdadeira luta de um praticante budista.
A oração não se encerra em si mesma, ela continua nas ações. O Gongyo conecta você com a Lei e, ao receber essa energia, você está preparado para propagar por meio do Chakubuku. Recitar o Gongyo sem complementar com a batalha pela concretização do Chakubuku é uma prática ineficiente.

Concluindo
“Por mais que uma pessoa tenha fé na Lei Mística e conduza sua prática de Gongyo e Daimoku, será impossível fortalecer e solidificar o estado de Buda em sua vida se evitar o trabalho árduo necessário para propagar o Kossen-rufu.” (Brasil Seikyo, edição no 1.515, 17 de julho de 1999, pág. 3).

Temas já abordados: Benefício (BS 2.034) Gohonzon (BS 2.036) Esperança (BS 2.037) Itinen (BS 2.038) Oração (BS 2.039) Gongyo (BS 2.040)
 



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