Compaixão e dualidade
Budismo

Compaixão e dualidade



P. Mas em alguém iluminado estas virtudes fazem parte dele também?

R. Sim, mas aí ele não precisa mais fazer esforço, quando alguém está iluminado a prática da generosidade, da paciência, da compaixão são completamente naturais porque se ele está iluminado a dor do outro é a dor dele então como ele sente isto naturalmente não se precisa dizer para ele que seja compassivo porque a compaixão é a natureza dele.

P. Compaixão sem dualidade?

R. Agora nós estamos trabalhando a linguagem, o que você está dizendo está certo também. Normalmente quando a gente diz compaixão, compadecer quer dizer padecer com significa na etimologia da palavra, com o outro, então implica a existência de eu e o outro por isto a palavra não é apropriada para expressar o que você está dizendo, segundo o que eu entendi o que você está dizendo é que o ser iluminado sente compaixão sem esta dualidade, é natural a percepção do padecimento do outro, mas aí é porque entre ele e o outro não tem mais distância.

P. Quando nos apiedamos é compaixão?

R. Eu não posso dizer porque normalmente nós sentimos pena e não compaixão. A compaixão seria uma identificação mais profunda , mas agora nós já estamos falando sobre palavras o que torna tudo mais difícil porque ficamos presos à etimologia, ao significado, será que quer dizer isto, será que quer dizer aquilo, e na verdade no Zen nós dizemos sempre que não dá para ensinar isto. Todos, já tem uma certa noção do que nós estamos falando, as pessoas tem experiências bem claras a este respeito, é freqüente a gente dizer eu sinto pena do mendigo que está na calçada e aquilo até pode me estragar alguns momentos da vida porque eu sinto pena dele, mas eu sinto realmente compaixão pela dor de um filho, uma mãe diz assim: preferia que fosse em mim, aí é compaixão. A mãe diz: eu preferia perder o olho e não ver o filho perder o seu, aí é compaixão.




loading...

- Compaixão E Amor
 (Sangha zen de Concórdia assiste palestra em vídeo) (continuação) Pergunta – O senhor disse que devemos ter compaixão pelo próximo, como é a visão do amor dentro do budismo? Eu não gosto da palavra “próximo” porque parece que ele...

- Nem Eu Nem Outro
Pergunta – Como ter uma compreensão clara de coisas boas, por exemplo, de compaixão e generosidade? O Senhor estava falando que não existe um “eu” para sentir raiva, mas então quem é o “eu”’ que realiza atos de compaixão e generosidade?...

- A Mente Compassiva
A terceira parte do voto diz, “siga o caminho de Buda”. O caminho de Buda é um caminho de investigação sobre como evitar o sofrimento. Buda abandona sua vida deliciosa e cheia de prazeres, vai para a floresta para meditar, jejua, pratica o mais...

- No Primeiro Nível
P. Então a compaixão ela entra como sentimento último para depois haver a claridade? Monge Genshô: Sim, a compaixão é um dos paramitas, mas prestem atenção, nos paramitas todos generosidade, paciência, compaixão, estas virtudes budistas todas,...

- Cigarrras E Os Outros
P. Aqui no zazen quando os pensamentos vão se extinguindo, tem a parede, escuto as cigarras e daqui a pouco parece que estou lá junto com as cigarras cantando. Este é um caminho? Monge Genshô: Este é um excelente caminho, que é o caminho dos sons,...



Budismo








.