Budismo
Daissen, Portal do Zen
O Daissen, Portal do zen, tem um blog em sua primeira página, nele voluntários colocam textos de mestres que acham relevantes, vejam este:
Zagche
A palavra tibetana para emoção é zagche que significa “contaminado” no sentido de ser permeado por confusão e dualidade
NÓS naturalmente vemos certas emoções, como agressão ou inveja, como dolorosas. Mas e o amor, afeto, bondade e devoção, estas emoções bonitas, leves e amáveis? Nós não pensamos nelas como dolorosas; contudo, elas implicam dualidade, e isto significa que,no final, elas são uma fonte de dor.
A MENTE dualista inclui praticamente todos os pensamentos que temos. Por que isto é doloroso? Toda mente dualista é uma mente enganada, uma mente que não entende a natureza das coisas. Como podemos entender a dualidade? Ela é sujeito e objeto: nós de um lado, e a nossa experiência do outro. Este modo de percepção está enganado porque, no caso de diferentes pessoas. percebemos o mesmo objeto de diferentes maneiras. Um homem pode achar que uma certa mulher é bonita, e isto é a sua verdade. Se isto fosse uma espécie de verdade absoluta e independente, todo mundo também a veria como bonita. Com certeza esta não é uma verdade que independe de todo o resto. Ela depende da sua mente; é a sua própria projeção(as emoções não têm uma existência real inerente).
SEMPRE que há uma mente dualista, há esperança e medo. A esperança é dor perfeita e sistematizada. Tendemos a pensar que a esperança não é dolorosa, mas, na verdade, é uma grande dor. Quanto à dor do medo, isto é algo que não precisa de explicação. Muitos de nós confundimos a dor com o prazer – o prazer que temos agora é, de fato, a causa da dor que vamos ter, mais cedo ou mais tarde. Uma outra maneira de ver isto é quando uma dor grande diminui, nós a chamamos de prazer. Isto é o que chamamos de felicidade.
ESTE é o motivo pelo qual, por exemplo, se faz meditação comtemplativa(sem foco) – isto ajuda a afrouxar o nó que as nossas emoções fizeram, e as obsessões que temos por causa delas. ("Buddhismo em poucas palavras" de Dzongsar Khyentse Rinpoche - tradução:Lucas Seigaku)
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