O DHAMMAPADA - O ARAHANT - ARAHANTAVAGGA
Budismo

O DHAMMAPADA - O ARAHANT - ARAHANTAVAGGA



Nesta parte do Dhammapada o Buddha descreve as atitudes e virtudes do Arahant (l.pali) ou Arhat (l.sânscrito).






VII
O ARAHANT (18)- ARAHANTAVAGGA


(18) . Arahant: aquele que destruiu os 10 grilhões, atingiu a perfeição espiritual; às vezes traduzido como verdadeiramente meritório. 

Os 10 grilhões, ou Obstáculos à Iluminação, são os seguintes: 

1) crença na personalidade ou a ilusão do eu; 2) dúvida cética defensiva ou discursiva 3) crença na eficácia de regras e rituais; 4) desejo sensorial pela procura de satisfação através da imaginação da mente (luxúria); 5) má vontade, repugnância e ódio; 6) anseio pela paz espiritual, devido ao apego aos objetos psíquico-sutis da meditação intensa (mundo das formas); 7) anseio por uma existência imaterial (mundo sem forma); 8) orgulho espiritual; 9) inquietude e preocupação da mente; 10) ignorância devido aos resíduos de apego e auto-ilusão.

90. Não há mais sofrimento para quem percorreu o Caminho e alcançou a liberdade infinita. Este libertou-se de todos os grilhões. Extinguiu a febre ardente de viver.

91. Como os cisnes ao abandonarem o lago em busca de uma moradia melhor, bem atento, resoluto, ele parte, abandonando a casa e o lar.

92. Aquele que nada acumula, que só se alimenta do estritamente necessário, cujo objetivo é o vazio da Liberdade Incondicionada, (19) é tão difícil seguir-lhe a rota como a de um pássaro voando.

(l9). Liberdade Infinita ou Incondicionada - Vimokka: é a libertação baseada na penetração das três características da existência - Iakkhanas:

1)Insubstancialidade, percebida pela ausência de uma personalidade ou um eu permanente (Anatta);
2)Impermanência, percebida pela ausência de condicionamentos (Anicca);
3)Insatisfação, característica da inquietação mental - Dukkha - , percebida como ausência de desejo. Resumindo, exprime o vazio da impermanência, insatisfação e insubstancialidade de tudo o que produziu a Dor.

93. Aquele que destruiu em si o desejo e o amor às ilusões da vida, cujas paixões se apaziguaram, que se libertou das causas da existência e cujo objetivo é o Vazio, a Liberdade Incondicional, é tão difícil seguir-lhe a rota como a de um pássaro voando.

94. Os próprios devas (deuses) admiram aquele cujos sentidos foram sabiamente domados, como um corcel por seu cavalheiro, e que se libertou de todo orgulho e paixões.

95. Firme como uma coluna na prática da Doutrina, impassível como a terra que nada ressente, sereno como o lago cuja lama se depositou, para este o ciclo das existências terminou.

96. Tranqüilas são as palavras, atos e pensamentos daquele que, pela luz da Sabedoria, se libertou completamente, tornando-se sereno e equânime.

97. Entre todos é o mais excelente dos homens o que não tem fé cega, conhece o Incriado (Nibbana), renunciou a todo desejo e rompeu os grilhões do mundo, destruindo os elementos de novos
nascimentos.

98. Na aldeia, na floresta, na planície ou nas colinas, onde quer que viva um Arahant, é sempre uma dádiva com ele conviver.

99. Para aqueles que não buscam os prazeres mundanos, cheias de encanto são as florestas desdenhadas pela multidão. Nelas se deleitam os que são isentos de paixões.

fonte:
http://www.radionovoshorizontesfm.com/caminhodoceu/recomendo/dhammapada.pdf

imagem: Internet Google Images



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